
Cinco anos depois de paralisado, o projeto de construção da nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás, ao lado do Paço Municipal, será ressuscitado. Antes contrário à mudança, por achar que uma reforma seria suficiente para abrigar as demandas do Poder, o presidente Jardel Sebba (PSDB) diz que, passados esses anos, o prédio atual tem problemas estruturais e de espaço e precisa realmente ser desocupado.
Jardel afirma já ter garantido R$ 46 milhões para as obras e pretende retomá-las em março, para que seu sucessor na presidência finalize. Para este ano, foram incluídos R$ 18 milhões no Orçamento do Estado e outros R$ 10 milhões são da venda da folha do funcionalismo da Alego para o Itaú, em dezembro do ano passado. O presidente afirma que outros R$ 18 milhões serão incluídos no Orçamento de 2013, já com o compromisso do governador Marconi Perillo (PSDB) de que o dinheiro será liberado.
A maquete da nova sede - a mesma lançada em junho de 2005 pelo então presidente Samuel Almeida - já foi inclusive reinstalada no corredor da Assembleia esta semana. Jardel diz que formará uma comissão com integrantes do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público para rever valores, analisar o estágio da obra (foram feitas terraplanagem e parte das fundações, com 5,69% de serviços realizados) e avaliar a possibilidade de retomar o contrato com a Construtora Central do Brasil.
O contrato assinado em 2005 era de R$ 54,5 milhões, dos quais R$ 3 milhões foram pagos. A área para o prédio tem 40 mil metros quadrados e foi cedida pela Prefeitura, no Park Lozandes.
Quando assumiu a presidência, em 2007, Jardel avisou que não daria continuidade às obras por falta de recursos e porque já providenciava reformas. À época, disse que as intervenções durariam ao menos dez anos. "Já estamos quase chegando a isso. Mais cedo ou mais tarde, vamos ter de sair daqui. O estacionamento está apertado, tem o problema de minar água no prédio, defeitos na eletrificação e não tem mais jeito de expandir. Daqui a poucos anos a sede estará defasada", diz.
Há também, desde 1999, questionamento do Ministério Público sobre o fato de a atual sede ocupar um espaço de preservação ambiental da cidade, ao lado do Bosque dos Buritis. O prédio estaria sobre uma nascente. A antiga proposta de transformar a atual sede em um museu também pode ser ressuscitada.
Escrito por
Nenhum comentário:
Postar um comentário