segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Marconi e professores se reúnem nesta terça

greve dos professores
Após 22 dias de greve, o Governo de Goiás parece dar sinais de recuo e pode iniciar negociações com os professores da Rede Estadual de Educação. Durante a solenidade de renovação dos contratos do programa Bolsa Universitária, o governador Marconi Perillo afirmou que deve se encontrar com representantes da categoria nesta terça-feira (28) para discutir as reivindicações.
“Amanhã vou me reunir com representantes dos professores para estudarmos o que poderá ser feito, com base nos limites orçamentários do Governo, em relação à titularidade e a incentivos que deverão ser oferecidos daqui pra frente”, disse em seu discurso. As assessorias do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (Sintego) e Secretaria Estadual de Educação (Seduc) afirmaram que não foram comunicadas oficialmente.
Nesta segunda-feira (27), diretores das escolas em greve realizaram reuniões individuais com representantes da Secretaria Estadual de Educação. Na última semana, a categoria chegou a ser ameaçada com o corte de 16 dias de salário caso não retomassem o trabalho. O Sindicato dos trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (Sintego) pretende negociar o corte com o governo.
Paralisação
A greve começou no dia 6 de fevereiro. Dois dias antes, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade do movimento, o que não impediu a paralisação. Os professores reivindicam a retomada da titularidade, a valorização profissional, respeito ao plano de carreira e reestruturação da carreira dos servidores administrativos que, em alguns casos, segundo o sindicato, recebem menos de um salário mínimo por mês.
A reunião é um indício de que governo e professores podem chegar a um consenso sobre a greve. Desde o início do movimento, o governador afirmou que só negociaria com os grevistas caso ele voltassem ao trabalho. Sem acordo, a paralisação se manteve. Em sinal de apoio à categoria, oito faculdades e intitutos da Universidade Federal de Goiás (UFG) publicaram moções de repúdio contra o governo.
Reivindicações
Os professores reclamam de achatamento na carreira docente com o fim da gratificação por titularidade. O cálculo do Sintego é que as perdas salariais cheguem a R$ 860 ao mês, o que dá mais de R$ 10 mil ao ano. O sindicato afirma que o reajuste médio deveria ser de 45% para todos os profissionais goianos. Entretanto, apenas 3% dos servidores teve este aumento.
O bônus anual por assiduidade, que o governo promete pagar aos professores que não se ausentem nem por motivo de saúde, não ultrapassa R$ 2 mil. O Sintego também acusa a secretaria de usar este incentivo como forma de pressão e represália contra os trabalhadores.

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